terça-feira, 1 de dezembro de 2015

ANTES DO PALÁCIO, A PRISÃO

ANTES DO PALÁCIO, A PRISÃO Para que surja uma árvore ou qualquer planta cresça e dê fruto, uma semente precisa ser plantada na terra e morrer. É uma vida que morre, para que outra renasça. Muitas vezes, o fruto só aparece em nossa vida, quando experimentamos ser plantados na palavra de Deus e, então, morremos para nós mesmos. Diante da prova. Do castigo. Da adversidade. Da disciplina e aflição, os frutos começam a aparecer. O ferro se torna mais forte, quando passa pelo processo de temperamento no calor da fornalha. As nossas provas apenas tornam-nos mais úteis para Deus, pois um bebê não pode ser mandado para um campo de batalha. O bebê precisa crescer em força, e tornar-se homem em tamanho e em sabedoria antes de poder pegar uma arma e lutar numa guerra. É a mesma coisa com aqueles que Deus deseja usar. Achamos que os irmãos de José foram os bandidos da história por tê-lo vendido aos ismaelitas, que o venderam no mercado de escravos do Egito. Achamos que a ideia de vendê-lo, através daquela trama sórdida, foi somente coisa deles. Sim, esta é a história, pela lógica e evidência humana. Porém, por trás da atitude dos irmãos de José, estava Deus com um propósito. Deus preparou tudo para engrandecer José. Mandou adiante deles um homem, que foi vendido como escravo: José. (Sl 105:17) José jamais teria chegado à posição de governador do Egito e provedor de seu povo se não tivesse sido vendido como escravo pelos seus irmãos que o odiavam, e depois acusado pela mulher de Potifar que o colocou na prisão. Porém, Deus estava presente o tempo todo, fazendo com que todas as coisas contribuíssem justamente para o bem dele mesmo e de toda a sua família. Deus nunca perde o controle dos projetos que Ele mesmo criou para nós. Certa vez, fui enviado para dirigir uma pequena igreja, numa cidade pequena e, do ponto de vista financeiro, inviável para um pastor como eu que estava saindo de uma igreja considerada rica financeiramente. Lembro-me de um pastor, amigo meu, que disse: “Não aceite ir para um lugar daqueles!” Com um sorriso no rosto, disse-lhe: “Aquele lugar só será ruim até o dia em que eu chegar lá!” Não falei isso por arrogância, mas por confiança no meu Deus. Em outras palavras, não se preocupe em ir a um lugar fraco. No nome de Jesus, Deus o tornará grande e forte. E foi exatamente o que aconteceu. Nunca vi Deus realizar tantos milagres em tão pouco tempo como ali. Glória Deus! Eu já havia escrito o meu primeiro livro, “Vendo a Chuva Antes das Nuvens”, e nele coloquei que Deus não é limitado por circunstâncias e limites geográficos. Quem tem promessa de Deus transforma deserto em manancial. Existem momentos que parece que estamos em uma prisão. Sem amigos. Sem liberdade de escolha e sem esperança num futuro próximo. Sentimo-nos como se uma grade de ferro nos impedisse de sairmos da inércia para conquistarmos algo. Prisão é tudo o que nos impede de conquistar algo. Prisão é tudo o que nos isola. Prisão é tudo que nos impede de executar nossos projetos. Mas, às vezes, a prisão é o seminário de Deus para nossa vida, para futuros projetos divinos. Ali se pode permanecer encarcerado a vida toda ou sair para ser governador. Você compreende o que quero dizer? Não podemos perder a fé no nosso Deus, por causa de uma situação. Situações mudam, Deus jamais! Situações passam, Deus permanece conosco. Só precisamos esperar o tempo de Deus para cumprir o que nos tem prometido. A espera também é uma virtude dos que desejam ser usados por Deus. Olha só! Mesmo depois de falar com o copeiro de Faraó que ele seria restaurado na corte do rei e de pedir-lhe que contasse a Faraó sobre sua prisão injusta, José ainda teve de esperar dois anos para ser liberto da prisão. Infelizmente, não posso enganá-lo, existe um fator chamado tempo que pode ser progressivo ou regressivo para a nossa prova. Esses dois anos foram o tempo do preparo de Deus para que José finalmente ficasse pronto para ser levado a uma posição de poder e autoridade, o segundo no Egito, depois de Faraó, uma posição que usou para alimentar todo Israel durante a fome. (Sl 105:17) Ah! Se pudéssemos compreender isso. A nossa dor da prova aliviaria. As nossas lágrimas diminuiriam e a nossa fé não vacilaria. Quando as injustiças, tribulações, rejeições e mal-entendidos surgem em nossa vida, Deus os usa para um propósito. Se não formos culpados por transgressões e não tivermos sofrendo por uma desobediência voluntária, então creiamos que Ele fará com que todas as coisas que parecem estar contra nós, contribuam simplesmente para o nosso bem. (Rm 8:28) Enquanto passamos pela prova, esperando por uma resposta de Deus, algumas vezes, Ele parece lento em vir em nosso socorro, mas Ele nunca chega tarde demais. Seu tempo é sempre perfeito. Aleluia!

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